Perfil do trabalhador da construção civil

Estudo revela o perfil do trabalhador da construção civil no Brasil. Confira os principais pontos.

Conhecer o perfil dos trabalhadores da construção civil é essencial para entender as necessidades e os desafios do setor, que é um dos maiores empregadores do país. Afinal, esse conhecimento permite que empresas e associações adotem estratégias mais eficazes para atrair e reter profissionais, promover capacitação e reduzir a informalidade. Com a alta demanda por mão de obra qualificada e os impactos econômicos e sociais que afetam o setor, compreender o perfil desses trabalhadores sem dúvida é fundamental para direcionar investimentos, melhorar a produtividade e aumentar a atratividade das carreiras na construção civil, garantindo um desenvolvimento mais sustentável e competitivo.

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O perfil do trabalhador da construção civil no Brasil

O setor da construção civil brasileira emprega 7,065 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores assalariados, com e sem carteira, e autônomos, tanto formais quanto informais. Em São Paulo, o setor emprega 1,582 milhão. Em resumo, no Brasil, o trabalhador médio na construção é do sexo masculino, tem cerca de 41 anos e não completou o ensino fundamental. Além disso, a maioria trabalha por conta própria e de maneira informal, com uma jornada média de 37,9 horas semanais e renda mensal de R$ 2.116,13. A participação feminina é baixa, representando apenas 4,4% dos empregados.

Perfil dos trabalhadores em São Paulo

Já em São Paulo, o trabalhador típico tem cerca de 43 anos, possui ensino fundamental completo e, assim como no cenário nacional, majoritariamente trabalha de forma autônoma e informal. A carga semanal média é de 38,8 horas, com uma renda média de R$ 2.552,99.

Informalidade no setor

A informalidade aumentou de 63,1% para 67% entre 2012 e 2023 no Brasil, com uma estabilidade salarial média de 0,3% nesse período. Comparado a 2019, houve um aumento de 10,3% na remuneração. Em São Paulo, a informalidade teve uma ligeira redução, de 63,6% para 62,6%, e a renda média caiu 4,5%, embora tenha crescido 9,8% em relação a 2019.

Formalidade no setor

Os trabalhadores com carteira assinada compõem 25,5% do setor de construção civil no Brasil. Em média, esses trabalhadores têm 37,9 anos, ensino médio incompleto, jornada semanal de 41,5 horas e rendimento de R$ 2.859,89, um aumento de 2,5% em comparação a 2019. Em São Paulo, os trabalhadores formais representam 27,1% do total, com uma idade média de 37,6 anos, ensino médio incompleto e renda de R$ 3.661,09, o que representa uma elevação de 8,3% desde 2019. As mulheres compõem 12,4% desse grupo formal.

Atração de novos profissionais

O estudo sugere várias estratégias para atrair novos trabalhadores para o setor, que incluem o aumento da produtividade e da industrialização dos processos, o que poderia tornar a construção mais atraente, inclusive para mulheres e jovens. Nesse sentido, a capacitação e o incentivo ao ingresso de jovens entre 15 e 29 anos, incluindo aqueles que não trabalham nem estudam (“nem-nem”), são vistos como prioritários.

Capacitação de trabalhadores e geração Z

A capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade e a parceria com ONGs para formar mão de obra são ações em andamento. Além disso, tem havido mudanças na nomenclatura das profissões do setor para torná-las mais atraentes, especialmente para a geração Z, que vê a construção civil como pouco inovadora. Outra frente de atuação é mostrar aos trabalhadores informais os benefícios da formalização, visando maior remuneração e estabilidade.

Dificuldades para a expansão e qualificação

O setor enfrenta problemas diversos em relação à mão de obra. Por exemplo, a escassez de trabalhadores qualificados, elevada rotatividade, baixa produtividade e alta taxa de juros, são os principais deles. Certamente. tais problemas limitam o investimento em industrialização e afeta a remuneração.

Em crises passadas, como de 2014 a 2017, o setor perdeu muitos trabalhadores, o que resultou em dificuldades de recuperação. A falta de investimento em qualificação fora dos canteiros e o aumento dos custos têm retardado a industrialização.

Desafios futuros e propostas de investimento

O setor busca acelerar a industrialização como solução para atrair mais trabalhadores, especialmente jovens. No entanto, isso exige investimento contínuo, tanto de empresas quanto dos trabalhadores. É necessário discutir formas de melhor remuneração para trabalhadores qualificados e criar um estatuto específico para as condições de trabalho no setor. Também se busca combater a informalidade, que afeta a produtividade e a estabilidade do emprego no setor.

Uma boa gestão pode reduzir problemas com mão de obra

Os problema estão aí e precisam ser resolvidos. Porém, uma resolução definitiva demanda tempo. Mas então como evitar que tudo isso afete sua obra? A resposta está numa boa gestão do projeto e gerenciamento da obra. Aqui na PLENA, somos especialistas em gestão de projetos e obras corporativas. Por isso, caso você vá construir ou reformar a sede do seu negócio, conheça os nossos serviços. Além disso, estamos à disposição para um bate-papo sem compromisso.

Fonte: Alec

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